Treinador italiano, Ancelotti fala sobre duelo contra o Betis e momento ruim da equipe no começo de temporada
Um dia antes do confronto contra o Betis, Carlo Ancelotti conversou com a imprensa na coletiva pré-jogo em Valdebebas. Dessa maneira, o treinador do Real Madrid falou sobre a fase ruim da sua equipe: “Os torcedores vão nos ajudar. Queremos mostrar a nossa melhor versão. Depois de um jogo um tanto complicado frente ao Las Palmas, a equipe está motivada para fazer um bom jogo, voltar a jogar bem e ser sólida como antes”.
“O tempo de preparação para os jogos é suficiente porque estamos habituados a jogar com este calendário e a resolver problemas como tínhamos antes. Já conversamos sobre isso, detectamos o problema e queremos ter uma boa resposta amanhã”, aumentou.
O italiano afirmou que está sim preocupado com o momento: “Ficar preocupado não é uma sensação ruim porque significa que você está cuidando do problema que tem. Tivemos um problema no último jogo, em que não conseguimos ter uma unidade compacta e temos que melhorar com um melhor trabalho coletivo. Todos concordamos com isso. Falei com os jogadores e eles pensam o mesmo. Quando o problema está claro, é muito fácil resolvê-lo”.
“Não é muito complicado. Temos que defender melhor e como disse é um compromisso coletivo e uma atitude coletiva. Agora tivemos uma atitude mais individual e temos que trabalhar juntos para recuperar a bola. Sofremos dois gols em cinco jogos, mas a sensação é que temos dificuldade em recuperar a bola e os rivais nos jogam muito nas entrelinhas e é algo que vamos resolver”, completou.
Demais declarações de Ancelotti
Tabela de classificação: “É um detalhe. O que mais nos afetou foram os jogos em que não conseguimos dar o nosso melhor, não são os quatro pontos com o primeiro porque a temporada é muito longa. Não estamos infelizes porque estamos quatro pontos atrás, mas porque não jogamos bem”.
Dúvidas para a momento da equipe: “Absolutamente não tenho. Começamos agora levando em conta todas as dificuldades. Trabalhamos um pouco juntos, mas aos poucos vamos resolver o problema, sendo mais competitivos e sobre isso não há dúvidas”.
Situação de Ceballos: “Ficou. Estamos todos felizes e entusiasmados porque ele é um jogador importante para nós. Ele não teve os minutos que provavelmente queria, precisava ou merecia, mas estamos felizes por ele ter ficado. Ele é um profissional muito sério e é muito bom para nós que ele continue conosco”.
Adaptação de Mbappé: “Se eu pensasse em trabalho defensivo, Mbappé é o último em que temos que pensar. Ele está jogando muito bem, sendo perigoso. Ele não marcou muitos gols, mas está se movimentando muito bem. Não há problema de adaptação. O foco está no trabalho defensivo e isso tem que ser coletivo, mas obviamente o trabalho do atacante tem que ser menos comprometido porque essa não é a sua função principal”.
Críticas: “É absolutamente normal. Isso não nos preocupa nem um pouco. Teremos críticas às vezes até maio, é normal, não importa o que aconteça”.
Entrosamento entre Vini Jr e Mbappé, e cobrança de pênalti
Vini Jr e Mbappé: “Para mim eles estão fazendo uma boa parceria. O problema de marcar não é um detalhe pequeno, porque é obviamente importante para um atacante. É sempre possível jogar melhor, mais rápido e ter mais mobilidade, mas o problema ofensivo não está nestes jogos porque marcamos em todos eles e com certeza iremos melhorar. O problema não está aí. Com o tempo, Mbappé e Vini Jr farão parcerias melhores, mas também Mbappé com os meio-campistas. Ofensivamente não vamos ter problemas, nunca tivemos e muito menos nesta temporada em que temos os melhores do mundo”.
Possibilidade de mudança na equipe: “Mbappé e Vini Jr podem mudar a posição em campo, mas temos jogado mais com Vini Jr na esquerda e creio que seguiremos assim”.
Cobrança de pênalti entre Vini Jr e Mbappé: “Acho correto atribuir a responsabilidade aos dois. Eles têm a mesma qualidade na cobrança do pênalti e não quero escolher. Até porque muitas coisas acontecem em uma partida e um pode ter feito gol e o outro precisa fazer isso. Tenho total confiança em ambos como batedores. Eu não vejo isso como um possível problema”.