Pare um minuto e pense o esquema do Real Madrid sem a presença de Casemiro. Difícil, não? o jogador brasileiro se converteu em um dos pilares da equipe nas últimas temporadas, e imaginar uma escalação que não contenha seu nome, é impossível. Contudo, imprevistos surgem o tempo todo, como as lesões. Pensando nisso, quais poderiam ser as alternativas para uma possível baixa do volante na equipe merengue? Isso é o que esse texto busca desvendar!
Primeiro precisamos entender a função exercida pelo jogador, e já revelo que ela vai muito além da comumente feita por um volante. Desde que retornou do Porto em 2015, Casemiro passou por diversas mudanças no seu estilo de jogo, e de lá pra cá assumiu um papel essencial na equipe de Zidane.
No esquema tático, ele é o primeiro homem do meio-campo, com sua posição ficando sempre entre os zagueiros. Essa escolha tem um motivo, já que viabiliza uma melhor transição ofensiva e distribuição do jogo para os demais meio-campistas. Permitindo ainda, que possa chegar ao ataque para finalizar (Olá, final da Champions 2017 rs).
Outro ponto, que deve ser destacado e talvez seja ainda mais importante é a influência quando está sem a bola. Em diversos momentos, assume uma nova posição: a de terceiro zagueiro. Sendo responsável ainda pela recomposição defensiva da equipe como, por exemplo, nas roubas de bola e interceptações de jogadas do adversário. Ufa, bastante coisa né?
Para se ter uma dimensão ainda maior, na atual temporada, o brasileiro foi o único a disputar todos os jogos pela equipe merengue – um total de 16 partidas (12 na LaLiga e 4 UCL) – sem qualquer intervalo ou descanso.
Já deu para se ter uma noção da importância do volante dentro do jogo proposto pelo Real Madrid, mas e se um por acaso ele se lesionar? Quais poderiam ser as alternativas para tentar suprir a ausência do jogador?
Neste caso, poderíamos listar três opções dentro da equipe. Vamos para elas então:
FEDE VALVERDE
Não se pode pensar em uma primeira alternativa, que não seja o reserva imediato do brasileiro, onde atualmente temos o jovem Fede Valverde. Ele que na temporada passada apareceu pouco, mas já frequentava a equipe principal, assumiu a posição após a saída de Marcos Llorente e nos últimos meses vem se tornando peça fundamental no onze titular de Zidane.
Os problemas, porém, começam com a posição de Valverde que é a de meia. Isso acaba refletindo na parte defensiva, uma vez que o uruguaio ainda está se acostumado com sua nova função. A sua maturidade também está em desenvolvimento, e alguns erros bobos ainda surgem pela falta de experiência.
Ainda assim, o jogador é a melhor opção tática visando manter o mesmo estilo de jogo, já que conhece e realiza essa função melhor do que os demais meias ofensivos.
MILITÃO
Polivalente, e acima de tudo um defensor. Se a ideia é continuar protegendo a defesa, nada melhor do que investir em um zagueiro, não é mesmo?.
Militão já demonstrou ser capaz de fazer diversas funções no setor defensivo, e arriscar usar três zagueiros não seria de todo ruim. O único problema é a falta de opções extras, já que o brasileiro é o reserva de Varane e caso algo acontecesse, como uma suspensão, a equipe passaria a ficar sem opções.
LUKA MODRIC
O croata é um dos meias mais versáteis do futebol, e ainda que esteja longe da sua melhor versão, consegue atuar na defesa, dando assim mais liberdade para seus companheiros se movimentarem dentro de campo.
Sua função é mais cerebral, e através dela dita o ritmo de campo. Na ausência de Casemiro, passa a trabalhar em uma posição mais recuada para que os meias ofensivos possam avançar ao ataque com tranquila.
Um dos principais problemas é a sua idade, fazendo essa função Modric se sacrifica bem mais nas partidas. Já que faz toda a marcação, além de cobrir espaços para outros jogadores. Em alguns momentos sofre para acompanhar adversários em contra-ataques.