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Por que Bale é o menor dos problemas do Real Madrid?

Com a colaboração de Vinicius Costa

Assim como eu, você e a grande maioria dos torcedores merengues entende que o ciclo de Gareth Bale no Real Madrid acabou. O galês não vive dias de glórias há alguns anos e a indefinição sobre seu futuro deixa muita gente de cabelo em pé. O que não podemos esquecer, que apesar de todo esse episódio, o atacante foi importante ao longo das sete temporadas que está ligado ao clube: 251 jogos, 105 gols, 68 assistências e 15 títulos.

Nessa linha de entendimento, ressalto que Gareth Bale está longe de ser o maior dos problemas do atual Real Madrid. Eu sei que você torcedor perderia a cabeça se alguém dissesse isso e pensaria coisas do tipo “como não?”, “o cara nem liga mais para o clube”. Eu não tiro a tua razão, mas também digo que você poderia estar equivocado.

O galês busca evitar que a relação desgastada acabe manchando o vínculo criado. Sem entrar em muitas polêmicas e dar declarações acaloradas, Bale tenta cumprir seu contrato de forma correta, pois é seu direito. Mas você sabia que todo esse episódio é o menor dos problemas do clube? Não? Então explicamos isso logo a seguir.

O tempo certo em se despedir dos grandes nomes é onde está o problema

Marcelo pode ser um claro exemplo de como a gestão do Madrid por sua teimosia e equívocos se perdeu no próprio discurso de “bons negociadores”. O camisa 12 tem uma história e tanto com o clube e é isso que o faz encabeçar a lista dos problemas. Sua cadeira cativa no elenco trouxe para seu currículo uma temporada de baixo nível, seguida de uma sendo a segunda opção de Zinedine Zidane e muitas lesões.

O momento certo de se despedir de um dos laterais que mais marcaram a história madridista foi em 2018, quando ainda era valorizado. Tudo o que foi acrescentado em sua carreira de lá para cá se tornou básico e é agraciado apenas pelos torcedores que, assim como o clube, sustenta jogadores por seus históricos passados.

Nessa pontuação acrescentamos Isco, que já não entrega o mesmo desde 2017, sendo marcado também pelas lesões e o aumento de peso que tiraram o melhor de seu desempenho. O meio-campista espanhol é constantemente motivo de questionamento por parte da torcida mais cética e em poucos jogos nos últimos três anos teve grande importância. E, assim como Marcelo, também encontra-se desvalorizado em mercado.

E por falar em lesões, temos Nacho, que uma vez foi importante por sua versatilidade. O jogador que costumava ser um coringa para o elenco em momentos de desfalques, seja na lateral ou zaga, hoje é pouco visto em campo e bate sua carteirinha no setor médico. Outro jogador em relacionamento sério com a desvalorização.

Recentemente Zidane voltou atrás em sua opinião e decidiu contar com Martin Ødeegard para a temporada 2020-21, o que nos dá um suspiro de alivio ao pensar que Luka Modrić não será o próximo jogador a ter mais uma renovação por seu histórico, tardando o que já está mais do que na hora de acontecer: sua despedida.

Observamos que devagar se cria raiz em uma filosofia de dependência em cima de craques que ao passar do tempo encontraram o decaimento natural, e esse equívoco em deixar jovens promessas passarem para garantir a permanência de nomes – e literalmente apenas nomes -, leva uma gestão tão conhecida por sua capacidade de negociar, à questionamentos.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do MeuMadrid ou de todos os seus integrantes.

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