O Real Madrid está considerando uma nova redução para a próxima temporada de 30%, de acordo com o diário AS. A redução afetaria os jogadores e também diretores com cargos altos, mas o funcionários (mais de 800) não seriam prejudicados. O Madrid não seria a única equipe forçada a fazer reajuste salarial, devido aos problemas que o Covid-19 vem trazendo.
Outros grandes clubes da La Liga também planejam cortar parte dos gastos com salários. É importante ressaltar que os clubes que mais recebem receitas de merchandising e marketing estão mais expostos.
A entidade branca orçou uma receita total para esta temporada de 822 milhões de euros. Ela fica divida em quatro itens principais: 161 milhões para taxas de sócios, torcedores e venda de ingressos, 109 para amistosos e competições internacionais, 180 milhões para direitos de televisão e 371 milhões para marketing. Todos esses itens estão seriamente ameaçados. Se o Real Madrid perdesse apenas 20% dessa receita, que hoje considera-se o melhor cenário, 165 milhões de euros deixariam de entrar no caixa merengue. Um problema, porque as despesas comuns batem 741 milhões.
Em resumo, as contas para os jogadores são simples. Sergio Ramos e Gareth Bale, os dois jogadores que melhor recebem, 14,5 milhões de euros segundo o jornal espanhol, passariam a receber com 30% de corte salarial a quantia de 10 milhões de euros (perderiam 4,5 milhões). A ação deve ser generalizada na Europa reduzindo os salários, com o PSG já manifestando a intenção de cortar 50% do salário de suas estrelas.