Tetracampeão da Champions League com o Real Madrid, campeão da Copa do Mundo com a França e considerado por muitos com um dos melhores zagueiros do mundo, Raphël Varane concedeu entrevista ao jornal francês La voix du nord. Na entrevista, o zagueiro falou do prêmio Bola de Ouro, vencido por Modric, da final da UCL em Kiev e da relação entre o Madrid e a competição da UEFA. Varane também relembra sua chegada no Madrid e da motivação que o move.
Confira:
Bola de Ouro: “Foi ganha por Modric, um amigo, por isto, só posso estar muito feliz por ele. Só grandes jogadores na corrida para vencer este prêmio. Não posso ficar decepcionado porque o meu ano de 2018 foi fantástico. E para mim, a melhor recompensa foram os comentários que algumas pessoas do mundo do futebol disseram sobre mim.”
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Só os jogadores ofensivos ganham a Bola de Ouro. Vocês, defensores, sentem-se um pouco maltratados com isto?
“É um pouco normal. É verdade que nós, os defensores, estamos menos expostos. Esse é o coração do nosso negócio, coisas que vemos muito menos. Porém, somos reconhecidos pelas pessoas no campo, pelos profissionais, pelas pessoas da nossa profissão. E como eu disse, todas as declarações de pessoas do futebol, para mim, são lindas.”
Diferença entre ganhar uma Champions e a Copa do Mundo: “É diferente, antes de sentir (a sensação de ganhar a UCL e a Copa) eu não sabia disso. Eu pensava que eram duas sensações diferentes, mas equivalentes e não, a Copa do Mundo é mais forte porque é o maior.”
Pressão: “A pressão é um motor para mim. O dia que eu estiver sem pressão, vou ter que parar. Todo mundo precisa de sua motivação. A pressão e os desafios me movem. Faz parte de quem eu sou, do meu jeito de ser. Quando cheguei no Madrid, aos 18 anos, foi um desafio. Quando se tratou de treinar com o primeiro time, foi um desafio. E estes são apenas dois pequenos exemplos. Minha vida diária e minha vida são apenas desafios. ”
Chegada no Real Madrid: “Cheguei discretamente, é minha personalidade. Eu estava lá para aprender. Lembro-me, de verdade, quando vejo os jovens de 18 anos. Por exemplo, aqui temos Vinicius e digo a mim mesmo que também vivi isso. Isso me faz querer ajudá-los a se sentir bem.”
A Champions em Kiev: “As quatro Champions que ganhei são comparáveis no campo esportivo, mas emocionalmente, a primeira e quarta são mais importantes. Não que as outras duas não sejam importantes, mas a última é a terceira consecutiva e ninguém acreditava que (conquistar três consecutivas) poderia ser feito. No início da temporada disseram ‘já ganharam duas seguidas, podem perdê-la desta vez’, e aí está nosso êxito, porque foi um desafio. A Champions de Lisboa é especial porque foi a primeira que eu ganhei.”
O Real Madrid e a Champions: “É difícil explicar, há uma grande demanda todos os dias, em todos os níveis do clube, pessoas que querem ganhar sempre. É o DNA do clube e dos torcedores que a primeira coisa que nos dizem depois de ganhar uma Champions é ‘ganhem a próxima’. Realmente, (a Champions) é um sentimento muito profundo no clube.”
Foto: Franck Fife/AFP/Getty Images