O zagueiro Raphael Varane espera um jogo complicado nesta terça-feira (3), quando o Real Madrid encara a Inter de Milão pela Liga dos Campeões. O francês enfatizou o momento que o clube merengue vive na competição europeia, no qual precisa vencer para poder sonhar com as possibilidades de classificação para a próxima fase.
“É uma situação diferente daquela a que estamos acostumados. Temos que encarar como se fosse uma eliminação direta e temos que dar tudo e jogar em equipe. Temos um plantel para enfrentar qualquer desafio e é mais uma oportunidade e queremos muito fazer um grande jogo”, destacou.
Mesmo com a possível ausência de Romelu Lukaku, o zagueiro colocou pontos positivos na equipe de Antonio Conte. “É um jogo difícil. Jogamos com um bom rival e temos que vencer. Vamos com entusiasmo, não temos que especular e temos que atacar e dar tudo. Somos encorajados pelos jogos de pressão e gostamos muito desta competição”.
Confira mais declarações do zagueiro:
Lukaku e Inter: “Joguei contra ele quando estava no Manchester United, com a seleção nacional e ainda criança quando medíamos o Lens e o Anderlecht. Ele é muito bom e tem um físico espetacular. O Inter tem um grande time. Muito bem posicionado ao nível do tático, sólido e com perigo no ataque. Temos que estar preparados porque jogamos um adversário muito bom”.
A importância de Sergio Ramos: “Como defesa sinto-me mais confortável quando a equipe defende de forma mais compacta, pois nos espaços temos que escolher decisões complicadas. O Ramos contribui muito ao nível coletivo e esse carácter que tem é muito bom para a equipe. Não sei se é uma coincidência, mas sem ele não temos estado bem ao nível defensivo. As minhas qualidades são complementadas pelas dele. Eu o faço melhor e ele eu. O importante é o coletivo e a resposta é coletiva: estar todos bem e juntos”.
Vestiário unido: “O vestiário é muito próximo. Sabemos da responsabilidade de jogar no Real Madrid pela pressão que existe e pelo que se pode dizer lá fora. Estamos acostumados a isso e devemos nos ajudar. Quando os resultados não são bons, a pressão é muito forte e sabemos que temos que estar unidos e ajudar uns aos outros dentro e fora do campo”.
Desfalques na defesa: “O calendário é complicado e só pensamos em estar fisicamente preparados para jogar a cada três dias. Temos que trabalhar muito e não pensar em lesões. Na Europa, com este ritmo de jogos, muitos jogadores já se lesionaram e sabemos o risco, mas os jogos não se ganham a pensar nas lesões. Temos que estar sempre por cima para vencer”.
Hazard: “Hazard é uma pessoa muito boa com quem podemos conversar sobre tudo. Ele se adaptou muito bem ao vestiário e é um jogador de ponta, com muita qualidade. Ele é especial no nível de desequilíbrio e vai nos dar muito no nível técnico. Ele é sempre positivo”.
Falta de regularidade? “Falta regularidade e pode ser por diferentes motivos. A preparação foi diferente e o calendário está muito comprimido. Ainda falta muito e só pensamos em melhorar. Fizemos coisas muito boas e temos de continuar a crescer. Com o calendário vamos precisar que todos e cada um deem o seu máximo para que esta temporada seja muito boa. É preciso ter regularidade para continuar somando”.
O caso positivo de Militão: “Temos que estar preparados para esses imprevistos e temos que nos adaptar a qualquer situação. Ontem e hoje fizemos dois testes para ficar mais calmo e só devemos pensar no que podemos fazer e fazer da melhor maneira”.
O seu jogo com o Manchester City: “É passado e temos de ser mais fortes. Depois das vitórias diz-se que não se pode viver do passado e quando perdemos, o mesmo. Você tem que olhar para frente e ser positivo”.
Pouca paciência com os jovens: “Para os jovens é sempre difícil. Um clube como este tem pouca paciência ao nível das expectativas e tem sempre que ter calma e calma porque tem que dar tempo para melhorar e ganhar experiência. Sempre há jovens que aprendem e eles crescem rápido. Não há melhor aprendizado do que vir para um clube como este, porque você aprende mais rápido. Eu vivi isso. Você aprende muito e rápido no Real Madrid”.
Achraf: “Ele tem que tomar a decisão que achar melhor para ele. Acho que o Real Madrid sempre será especial para ele, mas ele também pensa na carreira. O jogador se adapta às ofertas e escolhe o seu futuro”.