Técnico do Real Madrid, Ancelotti concedeu coletiva e revelou cautela sobre segunda partida da Champions League contra o Chelsea, apesar da vantagem no agregado
Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid, deu uma coletiva de imprensa antes da partida contra o Chelsea. Dessa maneira, nessa terça (12), o segundo confronto entre os dois times irá definir quem irá para a semi-final da Champions League. Contudo, o técnico italiano mostra cautela, apesar da vantagem no agregado:
“Todos sabem muito bem que será um jogo difícil. Nós e os adeptos sabemos disso. São as quartas-de-final da Champions e é um jogo muito difícil, apesar do que se passou na primeira partida. Temos de fazer um jogo completo, sofrendo, competindo e lutando. Teremos de estar focados os 90 minutos”.
Na primeira partida, a equipe merengue venceu por 3 a 1 com hat-trick de Karim Benzema no Stamford Bridge.
Além disso, Ancelotti aproveitou para comentar sobre a preparação do time para a partida: “Tenho uma equipe muito habituada a este tipo de jogos e que sabe o que se passou e o que se pode vir a passar. Não entraremos relaxados e o estado de espírito de hoje é o de um time feliz por disputar este jogo, porque se trata de uma grande oportunidade para atingirmos as semi-finais da Champions. Vamos enfrentar um adversário muito forte e pelo qual temos muito respeito”.
Demais declarações do Ancelotti
A preparação: “Gostaríamos de fazer o mesmo jogo e com a mesma abordagem da primeira partido, mas estamos à espera de um rival que vai ter de dar tudo neste jogo. Sabemos que eles vão mudar algumas coisas, porque outras não lhes saíram bem e temos de estar preparados para tudo”.
Rival: “O Chelsea tem muita qualidade e jogadores muito bons. Temos a certeza de que jogarão melhor do que na primeira partida e teremos de estar preparados”.
Vencer a Champions: “Ninguém pode dizer que vai ganhar a Champions porque é uma competição muito complicada. Chegar à final e ganhá-la é muito difícil. Pode-se competir, mas nem todos são bem sucedidos. Já ando neste mundo há muito tempo e sei da qualidade que é exigida para disputar esta competição. A experiência e a personalidade dos jogadores tem um papel muito importante. Sabemos que iremos sofrer e estamos preparados para isso”.
Declarações de Tuchel: “Cada qual tem a sua opinião e creio que vem aqui para tentar vencer. Sabe muito bem que vai ser complicado, mas vão tentar. É esse o espírito do futebol e das equipes grandes e fortes que nunca se rendem”.
Papel de Benzema, Vini Jr, e Casemiro
Benzema: “Representa aquilo que deve ser um centroavante. No passado, um centroavante era o que rematava o que acontecia dentro da área. O Karim é aquilo que o futebol moderno exige a um atacante. Não só rematar e marcar, mas também ajudar a equipe no trabalho defensivo. É a representação perfeita do que tem de ser um atacante hoje em dia”.
Atacantes: “Há dois atacantes que se destacam esta temporada: Vini Jr. y Benzema. Dizer-se que estamos dependentes de Benzema é verdade e estamos muito felizes por isso”.
Casemiro: “Acumulou experiência e personalidade nos últimos tempos e continua a ser uma peça muito importante para este clube. Também irá ser no futuro, porque há muito poucos jogadores no mundo com a sua experiência e capacidade de atuar nessa posição”.
Futuro do técnico italiano
O seu futuro: “O meu contrato é muito longo e não penso para além disso. Se o clube está feliz eu estou feliz, e se o clube não está, então agradeço o tempo que passei aqui. Tenho plena confiança num bom final de temporada e acredito que posso continuar a ser feliz”.
Saída do Everton: “Com o Everton trabalhei muito bem, mas chegou a chamada do Real Madrid. Posso aceitar que alguém não tenha gostado no Everton, só que era muito dificil dizer não ao Real Madrid. Posso dizer não a todas as equipes, menos ao Real Madrid. É o único a quem não posso dizer que não”.
Assumir a seleção italiana: “Tive essa oportunidade em 2018, pensei e tive de ser honesto. Gosto do trabalho do dia a dia e não apenas dos jogos. Tinha um treinador que dizia que o trabalho do treinador é o mais bonito quando não há jogos, mas a verdade é que os jogos trazem a emoção e a felicidade de estar, por exemplo, no banco da quartas-de-final da Champions. Também sentimos preocupação e sofrimento. Não gosto de trabalhar três vezes por ano e não mudar o chip do dia a dia, não treinarei qualquer seleção. A experiência do Mundial foi fantástica quando a vivi em 1994 com a equipe nacional e irei parar quando não sentir a motivação do dia a dia”.
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