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Com gol de Militão, Real Madrid vence o Getafe em jogo amarrado

Com time misto, o Real Madrid venceu o Getafe pelo placar mínimo e conseguiu a liderança provisória de LaLiga

Neste sábado (8), o Real Madrid visitou o Getafe pela oitava rodada de LaLiga e venceu por 1 a 0. Em um jogo amarrado e tenso, os merengues conseguiram a liderança no placar com Militão logo aos 3 minutos de jogo e não a perderam mais. O time conseguiu manter o controle do jogo e, tirando o começo do segundo tempo e os minutos finais do jogo, não foram muito ameaçados. No entanto, o Real Madrid tampouco conseguiu produzir muito ofensivamente e, mesmo com 65% da posse de bola, não voltou a oferecer perigo.

O gol precoce deu tranquilidade ao Real Madrid e deixou o Getafe acuado durante boa parte do primeiro tempo, embora os donos da casa começassem a ensaiar algumas jogadas de contra-ataque. A volta para o segundo tempo, porém, mostrou um Getafe mais ligado, que produziu 5 finalizações em 20 minutos, 70% do total do time no jogo. O Real Madrid logo voltou a ter controle do jogo, mas a marcação do Getafe não deixou o time de Ancelotti produzir mais chances e o jogo ficou monótono. Por fim, a vitória por 1 a 0 dá a liderança provisória de LaLiga aos merengues, que começam a se preparar para o jogo contra o Shakhtar na próxima terça-feira (11) e para o El Clásico no próximo domingo (16).

Escalações

Ancelotti voltou a ter que lidar com desfalques para o jogo contra o Getafe. Benzema atuou por 90 minutos contra o Shakhtar na última quarta-feira (5) e, por isso, precisou descansar para preservar sua forma física, visto que o francês acabou de voltar de uma lesão. Assim, o camisa 9 não foi convocado e sequer foi para o banco de reservas. Além disso, Courtois e Ceballos continuam desfalcando o Real Madrid, pois ambos estão lesionados.

Já que o Real Madrid terá uma semana complicada pela frente, com Shakhtar e Barcelona, Ancelotti se viu forçado a poupar jogadores. Lunin começou no gol, com Militão e Rüdiger na dupla de zaga. Mendy foi poupado e, desse modo, Alaba foi titular pela lateral esquerda, com Carvajal na direita. Tchouaméni continuou como o primeiro volante, Modric retornou ao time titular e Camavinga e Valverde completavam o meio de campo. No ataque, os brasileiros Vinícius Júnior e Rodrygo foram os escolhidos completar para os 11 iniciais.

Pelo Getafe, o treinador Quique Sánchez Flores não poupou esforços para enfrentar o Real Madrid. O goleiro David Soria foi titular em detrimento do ex-Real Madrid Kiko Casilla. Domingos Duarte, Mitrovic e Djené formavam a linha de 3 zagueiros, com Damián e Anglieri pelas alas. Carles Aleña, ex-Barcelona, começou ao lado de Algobia e Luis Milla no meio de campo. No ataque, a dupla Borja Mayoral (também ex-Real Madrid) e Enes Ünal começou como titular. O jovem atacante Juanmi Latasa, emprestado ao Getafe pelo Real Madrid, ficou no banco.

Táticas iniciais

Estratégias e composição dos times em campo.

O Real Madrid foi à campo na sua tradicional variação do 4-3-3 com Valverde pela direita. A mudança mais evidente era Rodrygo, que na ausência de Benzema, voltou a fazer o papel de falso 9. Assim, o brasileiro tinha liberdade para circular, se aproximar e sair de sua posição, mas a falta de Benzema forçava Rodrygo a receber de costas para o zagueiro, já que o time não tinha uma referência para brigar com os defensores.

Pela esquerda, Vinícius começava as jogadas aberto, pronto para cortar para dentro ou para ser acionado em velocidade pelo lado do campo. Alaba normalmente avançava por dentro, mas no campo de ataque o austríaco se alternava com Vinícius no posicionamento: um cortava para o meio enquanto o outro ficava mais aberto. Pela direita, o funcionamento era parecido com Valverde e Carvajal, mas o uruguaio se posicionava mais recuado do que Vinícius, se comportando mais como um meia aberto do que como um ponta clássico. Modric era um meia avançado que circulava livremente pelo ataque, armando o time com Rodrygo. Camavinga, embora começasse mais recuado, também tinha liberdade para avançar. Tchouaméni era o primeiro volante defensivo como de costume, mas com a ausência de Kroos, o francês também era encarregado de iniciar a saída de bola.

O Getafe foi à campo com sua estratégia tradicional. O time marcava em um 5-3-2, com seu bloco defensivo recuado e com uma marcação ferrenha. No ataque, os donos da casa se limitavam a armar contragolpes a partir de seus alas atacando por fora, da movimentação de seus atacantes e das arrancadas de Carles Aleña.

Começo do jogo com gol relâmpago

Os times mal começaram a se desenvolver no campo quando o Real Madrid abriu o placar. O Getafe desenhara um lance ofensivo no primeiro minuto do jogo, mas os merengues rapidamente tomaram o controle das ações. Os donos da casa não tiveram tempo de entender o Real Madrid em campo, pois logo aos 3 minutos, os os madridistas conseguiram um escanteio. Modric fez a cobrança e Militão subiu mais que todos para cabecear a bola e abrir o placar.

O Getafe claramente sentiu o gol e, ao invés de aumentar o ritmo para tentar empatar, o time se fechou em seu 5-3-2, marcando em um bloco compacto e recuado e abrindo mão da posse de bola. Apesar dessa postura não ser uma surpresa, já que o Getafe é o time com menor média de posse de bola de LaLiga, os donos da casa mal ensaiavam um ataque para tentar voltar à igualdade no placar.

O Real Madrid, por sua vez, aproveitou a postura do adversário e ocupou o campo de ataque rapidamente. O time contava com a circulação de Rodrygo por dentro, com o ímpeto de Valverde, com a genialidade de Modric e com a individualidade de Vinícius Júnior para criar chances e furar a linha de 5 defensores do Getafe. Além disso, o Real Madrid também via os avanços de Carvajal e Alaba pelas laterais e de Camavinga pelo meio de campo compondo o ataque com as peças ofensivas. O gol precoce deu aos merengues a tranquilidade para circular a bola e ocupar o campo de ataque, sem ter urgência de produzir gols.

Primeiro tempo se desenrola com equilíbrio

Embora o Real Madrid tivesse muito volume de jogo nos primeiros 15 minutos, o time não conseguiu converter isso em chances e o placar continuou apertado. Vendo a dificuldade madridista em furar a defesa adversária, o Getafe começou lentamente a se soltar mais. Os donos da casa apertaram mais a marcação e passaram a tomar mais riscos com a bola, forçando mais ataques. Assim, o time conseguiu criar uma boa chance com uma arrancada de Aleña que acabou em uma finalização de Borja Mayoral, mas sem sucesso. O Real Madrid mantinha seu volume de jogo, mas passava a se preocupar mais com os contragolpes do Getafe.

Frente à ameaça que o contra-ataque do Getafe oferecia, os merengues passaram a ter mais cautela com a bola para, assim, manter a posse e não ceder espaços para o adversário. Dessa maneira, o Real Madrid trabalhava mais as saídas de bola, passando mais tempo trocando passes em seu próprio campo. No ataque, os merengues aproximavam seus jogadores para criar mais linhas de passe e bater a marcação do Getafe. Assim, o time criou mais uma boa chance: após uma bela troca de passes no campo de ataque, Modric cruzou para Rodrygo, sozinho, cabecear, mas o goleiro David Soria reagiu rápido e agarrou a bola sem dar rebote.

Pouco depois, por volta dos 41 minutos, Vinícius puxou um contra-ataque pela ponta esquerda, invadiu a área e sofreu uma falta. O árbitro marcou o pênalti, mas o VAR apontou que a bola tinha saído pela linha lateral no começo da jogada de Vinícius Júnior. Assim, a marcação do pênalti foi anulada e o primeiro tempo terminou com o 1 a 0 no placar.

Segundo tempo começa pegando fogo

Mesmo sem alterações durante o intervalo, os times voltaram para o segundo tempo com um ritmo mais elevado. O Getafe começou atacando mais, forçando algumas jogadas em velocidade, mas logo o Real Madrid conseguiu chegar ao ataque mais uma vez. Em um lance inacreditável, os merengues cercaram a área adversária e bombardearam o gol do Getafe com 3 finalizações seguidas. As duas primeiras, de Rodrygo e Tchouaméni, foram defendidas por Soria, enquanto a terceira, de Modric, explodiu na zaga. Logo depois, os donos da casa conseguiram mais duas jogadas ofensivas promissoras e chegaram a mandar uma bola rente à trave de Lunin.

Os primeiros minutos do segundo tempo marcaram um jogo de muito “vai e vem”, com várias transições, jogadas rápidas e ataques pelas laterais. O Real Madrid precisou de quase 10 minutos para esfriar o ritmo do jogo e ocupar o campo de ataque trocando passes com mais calma. Assim, os madridistas conseguiram marcar um gol após uma investida do time, que resultou em um bate-rebate de Valverde com os zagueiros que deixou a bola sobrar. Rodrygo aproveitou a bola livre e tocou por cobertura na saída do goleiro, mas o brasileiro estava impedido e o gol foi anulado.

O equilíbrio no segundo tempo se mostrava nos números. Apesar do Real Madrid continuar mantendo cerca de 60% da posse de bola, o Getafe saiu de 2 finalizações para fora nos 45 minutos do primeiro tempo para 5 finalizações, duas no alvo, em 25 minutos do segundo tempo.

Jogo amarrado depois das alterações

Por volta dos 25 minutos do segundo tempo, o treinador Quique Sánchez Flores fez as primeiras alterações no jogo. Ele tirou o meia Aleña para a entrada de Portu, e tirou o atacante Borja Mayoral para colocar Munir El Haddadi. As mudanças, porém, pareciam apenas para dar mais vigor físico ao time, pois a estrutura e a estratégia do Getafe não mudaram.

As substituições não surtiram muito efeito, e o jogo apenas ficou mais amarrado. O Getafe passou a não conseguir mais atacar nos contragolpes e ficou mais de 15 minutos sem conseguir finalizar. Assim, os donos da casa focaram apenas em fechar os espaços para evitar mais um gol do Real Madrid. Os merengues passaram a ter mais dificuldades em furar o ferrolho do Getafe e, mesmo conseguindo finalizar, a maioria dos chutes vieram de longe, sem oferecer grande perigo. O Real Madrid chegou a ter 70% da posse de bola no segundo tempo, mas sem conseguir produzir.

Perto dos 40 minutos, ambos os times colocaram jogadores novos em campo. O Getafe tirou Algobia e Anglieri para a entrada de Seoane e Amavi, enquanto o Real Madrid tirou Camavinga e Militão para colocar Asensio e Nacho. Pouco depois, Quique fez sua quinta alteração ao tirar Enes Ünal para colocar Juanmi Latasa. Por fim, com 44 minutos do segundo tempo, Ancelotti tirou Rodrygo e colocou Mariano Díaz, já pensando na condição física de seus jogadores.

Já nos acréscimos, ambos os times conseguiram levar perigo, mas muito mais em situações de abafa e bola na área do que em jogadas construídas. Por fim, o jogou acabou 1 a 0 e o Real Madrid sai de campo observando atentamente o Barcelona, que joga amanhã contra o Celta de Vigo. Os merengues assumem a liderança provisória de LaLiga, mas podem perdê-la caso os rivais vençam seu jogo, o que empataria os times em pontos, mas daria a vantagem ao Barcelona por saldo de gols.

Ficha técnica

Getafe 0 x 1 Real Madrid

Data: 8 de outubro de 2022
Local: Coliseum Alfonso Pérez, Getafe, Madri (ESP)
Gols: Militão 3′

Getafe: David Soria; Damián, Domingos Duarte, Mitrovic, Djené, Anglieri (Amavi); Aleña (Portu), Alglobia (Seoane), Luis Milla; Borja Mayoral (El Haddadi) e Enes Ünal (Latasa). Treinador: Quique Sánchez Flores.

Real Madrid: Lunin; Carvajal, Militão (Nacho), Rüdiger, Alaba; Tchouaméni, Modric, Camavinga (Asensio), Valverde; Rodrygo e Vinícius Júnior. Treinador: Carlo Ancelotti.

4 comentários em “Com gol de Militão, Real Madrid vence o Getafe em jogo amarrado”

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