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Há 20 anos de calcanhar histórico, Redondo revela: "Nunca havia feito isso profissionalmente"

Foto: Rolando Andrade/Stracuzzi

Há 20 anos da caneta de calcanhar, ou “taconazo” como dizem na Espanha, o ex-volante argentino Fernando Redondo concede entrevista ao AS, onde relembra momentos da carreira e fala sobre o Real Madrid. Confira os principais pontos.

Eliminação do Manchester United e “taconazo”: “Me parece mentira que 20 anos se passaram. Lembro-me bem da jogada que começa em nosso próprio campo, pressionada pelos jogadores do Manchester, recebo de Roberto Carlos, jogo com Savio, que me deixa com classe acima da cabeça de Gary Neville e começo a frente, deitado na ala esquerda. No um contra um, o calcanhar era um recurso técnico, um momento de inspiração. Nunca havia feito isso profissionalmente antes, mas com alguma frequência em divisões menores quando jogava no Argentinos Juniors. Para mim, era importante levantar a cabeça e fazer uma pausa para ver Raúl chegar ao poste mais distante e fazer gol. Foi uma grande partida de futebol, na ida e na volta. Eles tinham uma equipe muito boa, eram os atuais campeões e não perdiam em casa na Champions há mais de um ano. Old Trafford é um cenário fantástico. Lembro-me perfeitamente que, quando o jogo terminou, quando estávamos saindo para o vestiário, toda a platéia se despediu de pé aplaudindo, apesar do fato de a equipe ter sido eliminada. Eu gostei desse espírito de entender este jogo.”

Nunca havia feito isso profissionalmente antes, mas FAZIA com alguma frequência em divisões menores quando jogava no Argentinos Juniors.

FERNANDO REDONDO

Sua história com o Real Madrid: “Não me sinto uma lenda. Mas é muito gratificante para mim toda vez que visito Madri e recebo o carinho das pessoas, apesar do tempo. Nunca deixa de me surpreender.”

Relação com o clube merengue: “Minha relação com o Real Madrid é eterna. Não jogo mais com os veteranos por causa de minha lesão no joelho, mas ainda estamos em contato. Nas vezes que vou ao Bernabéu ou a Valdebebas me fazem sentir em casa.”

Ascensão de Fede Valverde: “Muito importante para a equipe. Ele é muito jovem, tem uma grande dinâmica, e neste curto espaço de tempo mostrou uma grande personalidade.”

Contrato de Sergio Ramos: “Sergio tem muito futebol pela frente. Ele é privilegiado fisicamente e, por seu profissionalismo, ele será o único a decidir quando terminar sua carreira. Logicamente, ele deve estar em Madri e deve continuar ligado (ao clube) por tudo o que ele representa.”

Política de contratar jovens craques: “Acertada. Real Madrid sempre acreditou e apostou muito em sua equipe juvenil, não apenas nas contratações. De fato, existem inúmeros casos de jogadores que se destacaram em diferentes equipes de primeiro nível com a possibilidade de retornar ao primeiro time, sabendo que a adaptação de jogadores jovens exige tempo e um processo lógico.”

Foto: Reprodução/Rolando Andrade/Stracuzzi

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