Conheça taticamente o adversário do Real Madrid na esperada final de Champions: o Liverpool de Jürgen Klopp
Após quatro anos, o Real Madrid volta a enfrentar o Liverpool em uma final de Champions, e mais uma vez os ingleses são comandados por Jürgen Klopp. Treinador dos Reds há quase sete anos, o alemão foi responsável por guiar uma longa e bem-sucedida reconstrução do clube de Merseyside, e além disso foi especulado no clube merengue diversas vezes. Agora, um ano depois do último confronto entre Klopp e os merengues e quatro anos depois da final da Champions, o Real Madrid enfrentará um Liverpool bem diferente dos últimos duelos. Para se preparar para o grande duelo, conheça taticamente o time inglês em uma análise profunda de todos os aspectos do time.
Reforçado com nomes como Luís Díaz e Konaté na atual temporada, o Liverpool venceu a Carabao Cup e a Copa da Inglaterra, ambas contra o Chelsea, e disputou até a última rodada o título de Premier League com o Manchester City, terminando a competição no segundo lugar com 93 pontos, apenas um atrás do campeão. Nesta temporada, os Reds disputaram 62 jogos, marcaram 147 gols e sofreram 47. Além disso, o Liverpool venceu 46 jogos, empatou 13 e perdeu apenas três. Desse modo, o time conta com um aproveitamento de 81,18%.
Retrospecto entre Klopp e Real Madrid
A partida marcará o décimo encontro do alemão com o Real Madrid, uma história equilibrada de confrontos. As quatro primeiras foram pela Champions League de 2012/2013, quando o treinador ainda comandava o Borussia: duas partidas pela fase de grupos e duas pelas semifinais. Após uma vitória do Borussia e um empate pela fase de grupos, o time de Klopp goleou o Real Madrid de Mourinho por 4 a 1 na semifinal, com quatro gols de Lewandowski. Os madridistas esboçaram uma reação no jogo da volta, vencendo por 2 a 0, mas os alemães acabaram indo para a final.
Na temporada seguinte, os times se encontraram de novo, mas o Real Madrid levou a melhor dessa vez. Nas quartas de final da temporada 13/14, os blancos abriram o confronto com uma contundente vitória por 3 a 0. A derrota no jogo de volta por 2 a 0 não foi o suficiente para o Borussia, e o time madridista acabaria campeão daquela edição.
Os três confrontos seguintes entre Klopp e Real Madrid já contavam com o alemão comandando o Liverpool. Na final da Champions de 17/18, os Reds foram superados por 3 a 1 e, assim, amargaram uma derrota para os comandados de Zidane. Três anos depois, Liverpool e Real Madrid se encontraram nas quartas de final da Champions, em mais um confronto entre Klopp e Zidane. Os madridistas conseguiram uma vitória no jogo de ida por 3 a 1 e um empate no jogo de volta, e desse modo asseguraram a vaga para as semifinais. Por fim, Klopp enfrentou o Real Madrid nove vezes, com três vitórias do alemão, quatro vitórias do Real Madrid e dois empates.
O Liverpool em 2021/2022
O esquema preferido de Klopp para armar o Liverpool é, desde que o alemão acertou o time em 2017, o 4-3-3. Alisson é o titular absoluto no gol, Alexander-Arnold e Robertson são os laterais e Matip e Van Dijk formam a dupla de zaga. O brasileiro Fabinho é acompanhado de Henderson e Thiago no meio de campo. Por fim, Luís Díaz, contratado no meio da temporada, ganhou seu lugar no time titular e forma o ataque com Salah e Mané, dupla consagrada. O francês Konaté às vezes substitui Matip na zaga, Milner e Keïta podem figurar no meio de campo e, no ataque, tanto Firmino quanto Diogo Jota podem atuar como o falso 9.
Marcação-pressão e gegenpressing
Jürgen Klopp é conhecido mundialmente como um dos melhores realizadores do gegenpressing. Termo alemão para contrapressão, o gegenpressing foi uma tática que começou na Alemanha no final dos anos 90, e se popularizou no começo dos anos 2000. Os principais expoentes no surgimento do gegenpressing foram Ralf Rangnick e Joachim Löw. Atualmente, o gegenpressing é uma característica quase inerente aos treinadores alemães. No entanto, os principais utilizadores dessa tática atualmente são Hansi Flick, Nagelsmann e, claro, Klopp.
O gegenpressing consiste em um mecanismo para recuperar a bola logo após de perdê-la, daí o nome contrapressão. Desse modo, ao recuperar a bola no campo de ataque, seu adversário tende a estar exposto e desorganizado, criando ótimas oportunidades para ataques rápidos. Para isso, o Liverpool busca sufocar o portador da bola ao cercar o portador da bola com vários jogadores e subir a linha de defesa. Quando o adversário tenta algum passe, os jogadores fecham em cima dele e recuperam a bola.
Além disso, a pressão de Klopp também visa marcar a saída de bola com o mesmo princípio do gegenpressing. Desse modo, Klopp posiciona os dois pontas no espaço entre zagueiro e lateral, cortando essa opção de passe. O atacante central varia entre marcar o primeiro volante ou um dos zagueiros, matando mais uma linha de passe. Por fim, os meio-campistas sobem a linha e ficam agrupados. Assim, com as opções de passe próximas descartadas, os zagueiros tendem a forçar uma bola longa aos meias avançados. Porém, esses jogadores são imediatamente pressionados pelos meias do Liverpool, que recuperam a bola e armam o ataque, aproveitando a desorganização do adversário. Além disso, a posição dos pontas os deixa prontos para atacar as costas da defesa.
O Liverpool em bloco baixo
A prioridade de Klopp é recuperar a bola no ataque e, para isso, seus jogadores ficam agrupados, já que a linha de marcação sobe para recuperar a bola com mais facilidade. Além disso, a recuperação rápida da posse de bola também evita contragolpes na defesa alta e exposta do Liverpool. No entanto, não é sempre que Klopp consegue bloquear um contra-ataque e, portanto, o alemão possui uma clara organização defensiva para quando o adversário consegue progredir com a bola.
Quando o Liverpool não consegue recuperar a bola no ataque, o time rapidamente se reorganiza para um bloco em 4-1-4-1. Desse modo, os pontas recuam até a linha dos meias para fechar as laterais, e o Fabinho se posiciona entre as linhas para proteger a entrada da área. O maior princípio dessa organização defensiva é a compactação, além da coordenação.
O Liverpool é um time que foca em fechar os espaços por dentro, sem deixar espaços no interior do bloco e sem se preocupar muito em cobrir os lados do campo. Portanto, os adversários costumam ter espaço nas laterais, mas a compactação do bloco defensivo impede qualquer avanço por dentro. Além disso, ao atacar somente pelos lados do campo, o adversário é forçado a tentar cruzamentos na área, que conta com Van Dijk, Matip e Fabinho, jogadores excelentes no jogo aéreo.
Como o Liverpool arma seus ataques
Por ser um time focado em recuperar a bola no campo de ataque e acelerar a partir da recuperação, além de muito forte nos contragolpes, o Liverpool é conhecido como um time muito forte nas transições ofensivas, ou seja, no momento em que o time sai da organização defensiva e começa a atacar. No entanto, os Reds também são muito fortes em ocupar o campo de ataque e trocar passes para movimentar o bloco defensivo adversário e achar espaços.
A saída de bola do Liverpool conta, principalmente, com Thiago e Arnold, que são os dois melhores passadores do elenco. Muitas vezes, Thiago começa o jogo atrás de Fabinho quando os Reds têm a bola, para que o primeiro passe após os zagueiros tenha mais qualidade.
A organização ofensiva do Liverpool começa a partir dos laterais, que ocupam funções diferentes no ataque. Robertson, por ser um lateral mais físico, ataca principalmente pelo lado do campo e preenche o lado esquerdo. Alexander-Arnold, por sua vez, atua em um papel diferente. Já que o inglês não é tão rápido, mas possui muita qualidade no passe e visão de jogo, Klopp costuma usá-lo cada vez mais como um “lateral invertido”. Ou seja, o camisa 66 não foca seus ataques pelo lado do campo como Robertson, mas costuma atacar por dentro, se juntando ao meio de campo.
As articulações pelos lados: Mané, Robertson e Díaz vs Salah, Henderson e Arnold
O lado esquerdo do ataque, além de contar com Robertson, possui duas outras peças importantes. Thiago fica mais recuado, próximo de Fabinho, e funciona como armador. Sadio Mané, por ser ponta de origem mas atuar como um falso 9, tende a cair mais pela esquerda enquanto flutua por dentro e possui duas tarefas importantes: armar o ataque e infiltrar nas costas da defesa. Luís Díaz é um ponta clássico e atua majoritariamente na lateral de campo.
O lado direito apresenta um mecanismo interessante e elaborado. Por lá, não há um jogador aberto fixo para abrir a linha de defesa como Luís Díaz pela esquerda. Por isso, há um revezamento entre Salah, Arnold e Henderson. O egípcio, ponta naquele local, é quem começa aberto, mas ele tende a centralizar seu jogo e se tornar um atacante por dentro ao invés de um ponta clássico. Arnold, mesmo sendo lateral, tende a flutuar por dentro e se juntar ao meio de campo. Assim, o volante Henderson, que atua como meio campista pela direita, frequentemente assume a posição de ponta para abrir o campo.
A partir desse movimento que conta com Salah cortando para dentro, Arnold se juntando aos meias e Henderson partindo para o lado, os três jogadores revezam a posição do homem que abre o campo pela direita e, consequentemente, apresentam diferentes abordagens quando cada um ocupa aquele setor. Salah aproveita sua velocidade, drible e finalização para ser um infiltrador, que ataca as costas da defesa. Arnold é mais um armador, então foca seu jogo pelo lado em prover cruzamentos e lançamentos de qualidade partindo dali. Henderson, por sua vez, é mais físico, então é importante para vencer duelos e romper linhas de marcação pela força e intensidade.
O Liverpool no terço final: como os Reds criam situações de gol
O Liverpool invade o terço final através de quatro principais mecanismos: troca de passes, ocupação do campo adversário para atacar um bloco recuado, contragolpes partindo desde a defesa e, claro, a marcação pressão.
A saída de bola elaborada é um princípio muito importante para Klopp. O Liverpool aproveita uma maior elaboração de passes desde a defesa para um objetivo simples: atrair a marcação adversária para atacar as costas de quem avançou. Para isso, o time de Klopp aproveita os adversários que tentam pressionar a saída de bola para atrair os marcadores, se livrar rapidamente deles e contar com um campo livre para percorrer. Assim, os Reds aproveitam duas das maiores virtudes de seus jogadores: a qualidade no passe dos armadores e a velocidade dos atacantes.
Quando o Liverpool enfrenta times mais recuados, os Reds se organizam no modelo ofensivo mostrado nas seções anteriores. Ao aproximar seus jogadores e criar articulações pelos lados, o Liverpool busca uma troca de passes muito rápida, escapando dos defensores adversários. Essa troca de passes é responsável por movimentar o bloco de marcação, que busca bloquear o portador da bola, e assim criar buracos na organização defensiva. Assim, os atacantes do Liverpool conseguem invadir a área com facilidade. Por fim, os contragolpes e a marcação pressão usam o mesmo critério: atacar um adversário desorganizado e aberto, dando campo para os atacantes.
Desse modo, o Liverpool é um time que usa muitas bolas longas e passes em progressão, diretos, que visam avançar rapidamente no campo. No entanto, o time de Klopp é muito capaz a capacidade de controlar o jogo ao ocupar o campo de ataque por dentro e não tem mais os ataques diretos como única opção ofensiva.
As diferenças do time atual para o time de 2017/2018
O time do Liverpool de 2017/2018, que decidiu a final da Champions contra o Real Madrid, era completamente diferente do atual. Apesar da maioria dos jogadores do time de 2018 continuar como titulares, Klopp alterou significativamente seu jogo para ter mais equilíbrio dentro das partidas.
Em 2018, Karius era o goleiro titular antes da chegada de Alisson na temporada seguinte. Fabinho também não tinha chegado, e Henderson ocupava essa função. Milner era titular no meio de campo ao lado de Wijnaldum, muito importante nas suas infiltrações. Firmino era o titular, funcionando principalmente como armador. Salah, que tinha chegado naquela temporada, e Mané, ainda atuando na ponta, já eram titulares. No entanto, os dois eram principalmente atacantes de lado e não atuavam tanto pela faixa central, focando em atacar as costas da defesa partindo das pontas.
A principal mudança, no entanto, foi a abordagem de Klopp no time. Em 2017/2018, o Liverpool era uma equipe centrada em um jogo muito direto. Nesse cenário, Salah e Mané ficavam mais abertos justamente para atuarem em velocidade dentro de um ataque muito vertical, e os Reds focavam exclusivamente em recuperar a bola para acelerar.
Em 2021/2022, o Liverpool continua com a ideia de gegenpressing muito forte dentro do time e aproveita várias situações originadas desse princípio. Porém, Klopp desenvolveu dentro do Liverpool um mecanismo para ocupar o centro do campo e controlar os jogos a partir disso, e isso se tornou uma das principais armas dos Reds. Assim, ao contar com Salah e Mané centralizados, um Arnold mais armador e a qualidade de controle de jogo do Thiago, o Liverpool é muito confortável em ocupar todo o campo de ataque e prioriza essa abordagem, ainda intensa e rápida, mas com mais controle.
Como superar o Liverpool, parte 1: Manchester City de Guardiola
O Manchester City começou a construir sua vantagem no primeiro tempo do confronto através da saída de bola. A primeira ideia era abrir bastante os laterais com o intuito de confundir os pontas do Liverpool. Caso Salah e Mané fechassem a opção de passe por dentro, a posição dos laterais ainda os deixava livres para receber uma bola mais longa. Assim, os pontas do Liverpool foram obrigados a marcar os laterais em uma posição mais aberta que a de costume.
O segundo passo foi a aproximação de vários jogadores na saída de bola. Além de contar com o goleiro, os zagueiros e Rodri, o primeiro volante, o City também tinha Bernardo Silva atuando em uma área recuada. Desse modo, o português era mais uma opção de passe. Já que os pontas estão ocupados com os laterais e Jota não conseguiria pressionar cinco jogadores sozinho, o Liverpool precisaria subir muitos jogadores para marcar a saída de bola. Consequentemente, isso abriria espaços nas costas da defesa dos Reds.
Por fim, Guardiola escalou um trio de ataque que possui características de infiltração, para preocupar a defesa do Liverpool com ataques em profundidades. Assim, a vantagem foi construída. Como os pontas do Liverpool precisavam marcar os laterais do City, muitas vezes Walker e Cancelo ficavam livres, já que Salah e Mané não voltavam tanto. A defesa precisava ficar fechada para evitar ataques em profundidade dos três atacantes, e a pressão do Liverpool abria muito espaço para pressionar os cinco jogadores do City na saída de bola. Assim, o time de Guardiola aproveitou muito as bolas longas para os laterais e atacantes com o espaço que seu time teve.
Como superar o Liverpool, parte 2: Tottenham de Antonio Conte
O Tottenham de Conte foi mais um time que conseguiu superar o Liverpool ao elaborar sua estrutura de saída de bola. Com seus tradicionais três zagueiros, Conte foi capaz de criar uma vantagem semelhante a do City. O 5-3-2 do Tottenham teve muito sucesso em agrupar jogadores na saída de bola. A primeira fase da construção ofensiva tinha o goleiro Lloris, o trio de zaga, os dois alas e ainda os dois volantes.
Isso resultava em uma estrutura com 8 dos 11 jogadores do Tottenham para sustentar a troca de passes. Para pressionar a saída de bola, mais uma vez o Liverpool se viu obrigado a subir muitos jogadores para realizar essa marcação e, assim, o espaço nas costas dos meias e defensores era formado. Assim, das 18 saídas de bola do Tottenham no jogo, 7 foram sucedidas e 2 viraram chances claras de gol. Com os oito jogadores na saída de bola, o time de Conte era capaz de bater a primeira linha de marcação do Liverpool com relativa facilidade.
Depois de superar a marcação alta, o Tottenham atacava o espaço formado com muita velocidade. Então, Conte explorou outro problema da defesa do Liverpool. Com os três atacantes e os dois alas, o Tottenham tinha cinco jogadores que atacavam a linha defensiva dos Reds. Assim, após sair em velocidade, Conte explorava a amplitude de seus alas. Emerson e Sessegnon, muito abertos em campo, aproveitavam a compactação da defesa do Liverpool para atacar com liberdade os lados do campo. Como o time de Klopp se compactava onde saía a jogada, o Tottenham invertia o jogo para o ala livre. O Liverpool se desorganizava tentando cobrir, e isso criava espaços dentro da área.
Vantagens táticas do Real Madrid, mas também problemas para Ancelotti
O Real Madrid possui uma vantagem tática natural: o duelo Alexander-Arnold vs Vinícius Júnior. O brasileiro, que atua pela esquerda, fica justamente no setor do lateral inglês. Assim, o camisa 20 do Real Madrid pode aproveitar a maior fragilidade de Arnold: ele não é um lateral veloz como Robertson, que faz a recomposição defensiva pelo lado esquerdo muito bem. Por ser mais lento e ter menos fôlego, muitas vezes o inglês não cobre bem o espaço às suas costas, que será ocupado pelo Vinícius. Assim, uma saída rápida que consiga acionar o brasileiro em velocidade pode trazer um grande problema para o Liverpool.
Além disso, como visto nas seções anteriores, o Liverpool têm dificuldades em enfrentar times que elaboram bem a saída de bola. O Real Madrid, desde a época do Zidane, é um time que elabora suas jogadas desde trás com imensa qualidade. Se Ancelotti aproximar a linha de defesa com dois ou três meio-campistas na saída de bola, o Liverpool terá que subir muito o time. Assim, com a qualidade de Alaba, Carvajal, Kroos, Modric e Casemiro nos passes e com o espaço que se abriria nas costas da defesa do Liverpool, o Real Madrid encontraria aí mais uma vantagem tática.
Porém, nem tudo são flores para Ancelotti. Dois dos maiores problemas defensivos do time na temporada ficam em setores que o Liverpool explora muito bem. Primeiramente, o Real Madrid vem tendo dificuldades em proteger as laterais do campo, lugar onde os Reds mais concentram seus ataques. Além disso, o Liverpool ocupa muito bem o campo de ataque e centraliza seus atacantes. Com a má fase de Casemiro e a idade avançada de Kroos e Modric, o Real Madrid pode ter problemas em proteger as entrelinhas e bloquear investidas de Salah, Mané, Arnold e Henderson.
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